Psicoterapia Breve: Foco e estratégia
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23/08/2016Depressão e ansiedade: quadrinhos exemplificam como é conviver com o sintomas
O artista Nick Seluk, a partir da história enviada por uma leitora relatando como é sua vida com a depressão, criou uma série de quadrinhos que ilustram como é a luta diária de quem sofre com a doença.
Pessoas deprimidas sentem constantemente a presença de angustia, tristeza, pessimismo, falta de ânimo e baixa autoestima. São tomadas por uma falta de sentido em relação às coisas da vida, por um sentimento de vazio, de desesperança e perdem o interesse em coisas que costumavam sentir muito prazer.
Uma das características da doença é a incapacidade de reação. Porém, muita gente não consegue compreender a doença e as consequências no comportamento dos que sofrem com a depressão. Não se trata, como muitos acreditam, de falta de esforço, frescura ou que a pessoa não queira melhorar. Ela simplesmente não consegue, pois a depressão o torna impotente. É uma doença incapacitante e imobilizadora.
Transtorno de ansiedade e depressão, dependendo do momento, andam juntas.
Pesquisas mostram que 60-70% das pessoas com depressão também sofrem de ansiedade, e metade dos que sofrem de transtorno de ansiedade também tem sintomas significantes de depressão. Existem diversos estudos em que se observa que o diagnóstico da depressão pode passar para um quadro de ansiedade em 2% dos casos e um quadro de ansiedade pode se desenvolver para a depressão em 24% dos casos.
Muitas vezes existe a tentativa de tratar problemas emocionais somente com medicamentos. Porém, o medicamento atua sobre os fatores bioquímicos do cérebro. Acalma, ajuda a estabilizar os processos químicos, porém não ensinam a lidar com questões e situações que fazem parte da vida.
Estudos recentes apontam que antidepressivos sem terapia não têm efeito. (Veja aqui) Porém, quando combinados com a psicoterapia proporcionam resultados de longa duração.
Segundo o neurocientista Eero Castrén, da Universidade de Helsinque (Finlândia), os antidepressivos restauram a capacidade de determinadas áreas do cérebro de contornar rotas neurais que não estão funcionando normalmente. Porém a mudança no cérebro só trará benefícios se houver uma mudança no comportamento por parte da pessoa. Esta mudança não é obtida somente com medicamentos mas através da psicoterapia. “Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas.” apontou o Prof° Eero Castrén.
É inegável que a utilização de antidepressivos é útil e alivia os sintomas, colaborando para a melhora da qualidade de vida emocional. Porém, cada vez mais é sabido que os antidepressivos regulam a serotonina e restauram a capacidade de determinadas áreas do cérebro que não estão funcionando normalmente. A pessoa precisa aprender a reorganizar suas funções cognitivas. E isso só é possível através de psicoterapia, onde haverá uma reestruturação cognitiva que vai reformular e reorganizar a maneira da pessoa pensar. Tendo crenças e pensamentos disfuncionais, a pessoa distorce a realidade e frente a isso tem emoções e comportamentos também disfuncionais.
Uma das características da doença é a incapacidade de reação. A depressão o torna impotente, ele não consegue lutar contra uma pressão que o puxa pra baixo.
Muita gente não consegue compreender a doença e as consequências no comportamento dos que sofrem com a depressão.
Não se trata, como muitos acreditam, de falta de esforço, frescura ou que a pessoa não queira melhorar.
Pessoas deprimidas sentem constantemente a presença de angustia, tristeza, pessimismo, falta de ânimo e baixa autoestima. São tomadas por uma falta de sentido em relação às coisas da vida, por um sentimento de vazio, de desesperança e perdem o interesse em coisas que costumavam sentir muito prazer.
Ela simplesmente não consegue, pois a depressão o torna impotente. É uma doença incapacitante e imobilizadora.
TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE é a classificação do CID.10 para os transtornos depressivos que se caracterizam pela ocorrência repetida de Episódios Depressivos.
Os Episódios Depressivos aparecem periodicamente, podem ocorrer, por exemplo, a cada ano, cada dois anos.
Os indivíduos com este tipo de depressão reincidente experienciarão fases depressivas, que podem durar meses ou anos, intercaladas por fases de humor normal.
O transtorno pode, contudo, apresentar breves episódios caracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade (hipomania), sucedendo a um Episodio Depressivo.
Aproximadamente um terço das pessoas afetadas experimentam apenas um episódio, ou “fase”, ao longo da sua vida. No entanto, se a pessoa não recebe tratamento adequado para a depressão, existe um grande risco de poder ocorrer episódios depressivos recorrentes, no futuro.
Os episódios depressivos podem ser desencadeados por alguma vivencia traumática, mas normalmente, surgem sem uma causa vivencial aparente.
A pessoa precisa aprender a reorganizar suas funções cognitivas. E isso só é possível através de psicoterapia, onde haverá uma reestruturação cognitiva que vai reformular e reorganizar a maneira da pessoa pensar. Tendo crenças e pensamentos disfuncionais, a pessoa distorce a realidade e frente a isso tem emoções e comportamentos também disfuncionais.
A depressão é uma doença séria e incapacitante. Em alguns casos com mais gravidade, ela pode levar ao suicídio. É fundamental se submeter ao tratamento completo com profissionais qualificados, precisa ser tratada com medicamentos e psicoterapia.
O objetivo da reestruturação cognitiva é de auxiliar o individuo a pensar e agir de forma realista e adaptativa. Uma vida emocional com qualidade vai depender da satisfação que o individuo tem com a vida. Se não houver alteração no ambiente e na forma da pessoa se articular com as situações da vida o medicamento não promoverá mudanças significativas.
A psicoterapia promove uma vida emocional com mais qualidade. Cuide bem de si!