O cuidado de si como prática de vida
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01/02/2019Doenças psicossomáticas:
O que são
Doenças psicossomáticas são caracterizadas pela manifestação de uma doença orgânica, que aparece no corpo, mas que, na verdade, é de origem psicológica.
Ela aparece quando o conflito emocional desencadeia doenças ou sintomas que os exames laboratoriais não conseguem descobrir a origem biológica.
Muitas vezes as pessoas procuram o médico com queixas de dores de cabeça, problemas no estômago ou intestino, quedas de cabelo, manchas na pele ou alergias respiratórias, por exemplo. Fazem todos os exames, tomam remédio e ainda assim a doença persiste. Quando não se torna um problema crônico, ela aparece em determinados momentos.
É considerável o número de pessoas que desenvolvem doenças psicossomáticas e obtêm pouco ou nenhum sucesso no tratamento médico. Diante das dificuldades no diagnóstico, procuram diversas especialidades médicas, em busca de um tratamento que diminua o sofrimento.
Porém, muitas vezes, a dificuldade do diagnóstico se dá pela resistência do paciente em reconhecer que o problema pode ser de saúde emocional.
Normalmente, diante do diagnóstico impreciso, o médico comunica que se trata de uma doença de origem psicológica, de ordem emocional, desencadeada pelo estresse ou pela ansiedade. No entanto, muitas vezes, a pessoa minimiza o problema e desconsidera a importância do tratamento qualificado, com profissional adequado.
Muitos acreditam que, por se tratar de um “problema da cabeça”, não é real. Porém, ao falarmos em “cabeça”, estamos falando do cérebro, responsável por todas as funções do corpo. Não são duas coisas separadas, não há como dissociar mente e corpo.
A mensagem da doença psicossomática é: Se cuide, viva melhor.
A doença psicossomática aparece como um alarme, chama para uma realidade que a mente não consegue enxergar.
A doença ou o sintoma obrigam o indivíduo a direcionar o olhar para si mesmo, para o seu modo de vida, e o convida a mudar.
Em situações de forte estresse emocional, o corpo reage como alerta de que algo está fora do contexto. O estresse altera o compasso do coração e, consequentemente, diminui a circulação do sangue e, com o passar das horas, surgem os sintomas.
A intensidade das emoções e dos sentimentos altera o funcionamento do hipotálamo, resultando no aparecimento de doenças ou sintomas, como problemas respiratórios e gastrointestinais, entre outras, causadas ou agravadas pela tensão nervosa. Por este motivo, muitas vezes a pessoa tem tremedeira, náusea ou dor de barriga.
O que começou como um conflito emocional pode virar doença ou sintoma.
O remédio ajuda na redução dos sintomas, mas não resolve o problema. Muitas vezes, o que causa e mantém o sintoma faz parte do cotidiano da pessoa.
O convívio diário em um ambiente tenso e com situações estressantes favorece quadros de estresse e ansiedade. Se a pessoa não desenvolver habilidades comportamentais para que seja possível agir sobre tais situações, estará sujeita a mais risco de desenvolver distúrbios provocados pelo mau funcionamento do hipotálamo.
A doença psicossomática é real. Mesmo sem o diagnóstico das causas, a dor e a ferida existem. E a pessoa percebe que algo não vai bem. Aliás, a doença aparece como um alarme. Ela chama para uma realidade que a mente não consegue enxergar. A doença ou o sintoma obrigam o indivíduo a direcionar o olhar para si mesmo, para o seu modo de vida, e o convida a mudá-los. A mensagem da doença é: cuide-se e viva melhor!
Compreender a mensagem da doença é fundamental para buscar caminhos mais saudáveis.
É preciso ter coragem para reconhecer o problema e dar o primeiro passo na busca de ajuda para lidar com ele.
É muito importante identificar a causa e buscar saber qual a variável da questão emocional que ganha força para desencadear ou manter o problema. A ação do hipotálamo faz com que o fator desencadeante da doença psicossomática continue presente. É isto que diferencia as doenças psicossomáticas.
Como prevenir ou tratar uma doença psicossomática?
É fundamental entender que a causa do que aparece no corpo está dentro do campo emocional afetivo, ligada à mente e aos sentimentos. Portanto, é preciso descobrir o que provoca e mantém a doença psicossomática.
Na psicoterapia, é possível se dar conta de alguns aspectos da vida e, acima de tudo, mudar a postura em relação ao que desencadeia o problema.
Será possível descobrir melhor e mais a fundo as causas do sintoma e, mais importante, encontrar formas de solucionar os problemas, de mudar o contexto, e finalmente obter mais eficiência no processo de enfrentamento.
É uma questão de se disponibilizar para si mesmo, se comprometer consigo na busca de uma vida com mais qualidade.
Mary Scabora
Psicóloga Clínica
Cuidar da saúde mental também é cuidar da saúde.
Cuide de si!