Menopausa – Maturidade e Transformação
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A solidão é um sentimento natural, presente mesmo na infância, mas tende a ser mais recorrente na velhice, independentemente da classe social.
No envelhecimento, é comum experimentar a solidão com mais frequência. Isso pode ocorrer devido à perda de pessoas queridas, à saída dos filhos de casa, a mudanças de cidade ou à falta de perspectivas em relação ao futuro.
À medida que envelhecem, algumas pessoas limitam sua participação na sociedade. Além de lidar com perdas afetivas significativas, também enfrentam mudanças inevitáveis relacionadas ao corpo, à vida profissional e às relações familiares e sociais.
Pessoas que se isolam sentem-se frustradas com a não realização de projetos, não compartilham problemas, não fazem parte de um grupo social e vivenciam a solidão de forma negativa.
Sentida como aflição emocional e insegurança, a solidão pode levar ao desenvolvimento de quadros de depressão ou ansiedade, afetando a qualidade do sono e as funções gastrointestinais.
Em alguns casos, a solidão pode resultar em comportamentos compulsivos e no uso abusivo de álcool, cigarro, comida, compras, entre outros.
Contudo, com esforço, é possível adaptar-se a essas situações inerentes à vida. Se houver disposição para aprender e abrir o leque de possibilidades para lidar com perdas e mudanças, é possível ter uma vida de melhor qualidade e transformar a solidão em uma agradável companhia.
O trabalho psicoterapêutico auxilia na superação das dificuldades e medos, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento emocional e pessoal. Consciente de si e das implicações desta fase da vida, a pessoa consegue adaptar-se às mudanças, descobrir e valorizar suas potencialidades. Assim, desenvolve autonomia e percebe as vantagens desta fase da vida, enxergando o lado positivo da solidão.
Mary Scabora
Psicóloga Clínica
Cuidar da saúde mental também é cuidar da saúde.
Cuide de si!