O que é a depressão?

A Depressão é uma doença relacionada ao transtorno de humor que compromete o organismo, o pensamento e o afeto. 

É crônica e recorrente e que se caracteriza por uma tristeza profunda acompanhas de sentimentos de desesperança, de dor, medo, desamparo, vazio, ausência de prazer, amargura, baixa autoestima desencanto e culpa.

Altera a maneira como a pessoa vê o mundo, como compreende as coisas e percebe a realidade. Afeta tudo o que diz respeito à vida da pessoa. Altera também as funções do sono, o comportamento alimentar, como se sente em relação às coisas, as pessoas e a si mesmo.

Existe a predisposição genética, ou seja, algumas pessoas nascem com vulnerabilidade para a doença, porém ela não se manifesta em todos esses indivíduos e nem da mesma forma. O modo como a depressão irá se manifestar vai depender de estressantes que sirvam como gatilho para gerar um estresse psicológico, como experiências negativas diante de perdas e doenças ou provocada pelo uso de drogas como o álcool, cocaína ou anfetaminas.

Em princípio, a maioria das pessoas nem percebe que está doente. Os indivíduos com depressão sentem-se tristes, desanimados, apáticos e sem energia, mas não conseguem identificar a doença. Isso acontece porque eles não reconhecem o sentimento como uma tristeza anormal e atribui o sentimento a um momento ruim da vida. Porém, com o tempo, a pessoa começa a perceber que algo não está muito bem com ela e a sua vida.

A depressão é identificada quando a pessoa está há mais de duas semanas com o humor deprimido, acompanhado da falta de interesse pelas coisas, além da diminuição do prazer, distúrbios do sono e alimentares, dificuldades de concentração, diminuição do desempenho sexual,  de tomar decisões e de se lembrar das coisas, falta de energia, esgotamento físico, sentimento de culpa, pensamentos negativos e catastróficos, irritabilidade, intolerância à frustração, além de queixas recorrentes sobre problemas intestinais, dores no estômago, na cabeça e nas costas.

A tristeza é um sentimento normal que faz parte da vida emocional de todos nós. É transitória e ocorre a partir de experiências desagradáveis, situações negativas e momentos difíceis de lidar. As adversidades são superadas e se consegue atravessar o período de tristeza, seguindo com a vida. Esse sentimento tem uma duração limitada e, mesmo triste, a pessoa se sente bem com outros estímulos.

Por outro lado, a depressão é um estado patológico. O humor permanece deprimido o tempo todo e a falta de interesse é por qualquer atividade, mesmo as que anteriormente proporcionavam algum prazer. Nesse caso, a pessoa não consegue sentir prazer com nada.

Na depressão, os sintomas costumam permanecer por mais de 15 dias e geram um impacto social e econômico na vida da pessoa. É uma doença que interfere de forma negativa nas relações afetivas, acarreta prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária, além de perda de interesse sexual. A depressão também é considerada uma doença incapacitante, pois a pessoa sente-se cansada e lenta, consumindo mais tempo e energia para realizar pequenas tarefas.

As mulheres são mais vulneráveis em função dos processos hormonais que ocorrem ao longo da vida com os ciclos menstruais, a gravidez e a menopausa. Porém qualquer pessoa, independente da faixa etária ou classe social, pode sofrer com a doença que, se não for tratada adequadamente pode durar meses ao até mesmo anos.

O surgimento de um sentimento de desamparo totalmente desolador, que parece que não irá passar nunca e que as coisas nunca irão melhorar. A pessoa percebe que perdeu a capacidade de sentir alegria, entusiasmo e prazer pela vida. O ideal é que o indivíduo busque um profissional para aprender a lidar com os atravessamentos emocionais que estão causando estranhamento antes que os sintomas da depressão tornem a pessoa incapacitante e comprometa a saúde.

Para que o tratamento da depressão seja efetivo, é preciso que a pessoa se submeta ao tratamento com psiquiatra e faça sessões de psicoterapia.

A forma do tratamento varia de acordo com os sintomas e a gravidade da doença, ou seja, depende da situação clínica e do nível da depressão do paciente. Não existe um modelo básico a ser seguido, uma vez que é uma doença que atinge vários níveis. Por isso, o tratamento adequado para a depressão deve ser personalizado e a abordagem terapêutica a que melhor se adapta ao paciente.

Em casos mais graves, é necessário o uso de medicamento antidepressivo para a regulação dos processos bioquímicos do cérebro, que ficam comprometidos com a doença, em conjunto com a psicoterapia, que ajudará o paciente a reestruturar as funções cognitivas que também são alteradas pela doença.

A psicoterapia atua nos processos do pensamento e ajuda na busca de uma vida mais satisfatória e com mais qualidade, além do desenvolvimento da capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos.

É muito importante que se mantenha a frequência nas consultas e seguir corretamente as orientações dos profissionais. Algumas pessoas interrompem o tratamento após perceber alguma melhora. Tal atitude, na maioria dos casos, tem como efeito consequências negativa, pois normalmente ocorrem recaídas com piora significativas dos sintomas incapacitantes.

É também imprescindível que opere mudanças no modo de vida. Evitar o consumo de tabaco e álcool, ter uma alimentação equilibrada, realizar atividades físicas regularmente.

O tratamento da depressão tem como objetivo de alcançar uma melhora completa dos sintomas. Muito embora seja uma doença crônica, quando tratada adequadamente o paciente pode seguir com a vida normalmente.

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