Menopausa
12/08/2016Obesidade psicológica: você tem fome de que?
15/08/2016"Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida."
Henri Amiel
O envelhecimento é um processo fisiológico natural no qual ocorrem mudanças físicas, orgânicas e psicológicas. Naturalmente, em função destas mudanças, a forma de se relacionar com as coisas também muda.
Porém, grande parte das pessoas não se prepara para o envelhecimento, não busca a compreensão dos anseios e o conhecimento sobre as transformações e as dificuldades que dizem respeito ao processo de envelhecer.
São mudanças inevitáveis que fazem parte do processo de maturação da vida. Além do declínio biológico e das limitações físicas, terá que lidar com temas como perdas, solidão, carência afetiva, cansaço, e outras mudanças relativas ao corpo, à profissão, às relações familiares e sociais.
No processo do envelhecimento muitas vezes surgem momentos em que emergem questões, que muitas vezes geram pensamentos conflituosos e emoções desconfortáveis e difíceis de lidar. É comum que nesta etapa da vida a pessoa tenha que lidar com perdas significativas como: a casa sem os filhos, morte de amigos e familiares, crises de meia idade ou conjugais. Muitos aspectos da vida terão que ser reformulados.
É importante que se busque conhecimento sobre as transformações do corpo e compreensão das mudanças que ocorrem no organismo para que possa se adaptar e desenvolver uma atitude positiva frente à nova realidade. Se houver um esforço de adaptação a estas situações, que são inerentes à vida, e, se há uma disposição para aprender e abrir o leque de possibilidades para lidar com as perdas e mudanças, consequentemente haverá uma vida com mais qualidade.
Consciente de todo este processo, é possível entender o que acontece com o organismo, com o corpo e com as emoções na medida em que se envelhece. Assim se torna mais fácil aceitar e lidar com as mudanças, criando novas formas de se colocar nas relações e buscar extrair o melhor de suas experiências.
A psicoterapia é uma grande aliada neste momento da vida. Pode ajudar a lidar com as dificuldades, os medos, com as frustrações, criar possibilidades para as limitações e a desenvolver potencialidades para se agenciar com as emoções comuns a este período.
Benefícios
– Se colocar de forma assertiva nas relações familiares, sociais e profissionais – Definir seu espaço e sua importância nestas relações e obter o melhor delas, tornando os encontros prazerosos e gerando uma troca saudável de experiências com as diferentes gerações do seu convívio.
– Buscar atividades compatíveis com eventuais limitações físicas, que tragam prazer, estimulem o raciocínio e o convívio social e abram novos horizontes – Isso se aplica tanto às atividades físicas que podem ir da dança de salão à hidroginástica, caminhadas e outras, quanto às atividades de cunho social ou intelectual, como cursos, arte e artesanato, trabalho voluntário, participação em atividades religiosas ou comunitárias.
– Aprender a lidar com novas tecnologias e se conectar com o mundo digital. Cada vez mais idosos estão encontrando nas redes sociais uma forma de manterem-se integrados, de ter contato com parentes e amigos mais distantes e de outras cidades ou países. O universo digital pode ser um grande aliado da velhice e também uma forma de estimular a atividade intelectual e a memória e dar novo contorno à “solidão”.
– Aprender a lidar com a ansiedade os sentimentos que nos atravessam e geram angústia – Muitos idosos sofrem com intensidade com a preocupação exagerada com os filhos e netos e outras pessoas próximas. Aprender a dar o peso correto para cada situação, e entender que cada um de nossos entes queridos é responsável por suas escolhas e atitudes, pode tornar a vida mais leve e diminuir o sofrimento gerado por estas preocupações.
Mary Scabora